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"Em tempos de paz, os filhos sepultam os pais; em tempo de guerra, os pais sepultam os filhos." - Herodes

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Triângulos do Holocausto


A figura acima mostra um gráfico com as marcações de prisioneiro usados em campos de concentração alemão. A lista de categorias de marcas verticais para os seguintes tipos de presos: político, criminoso profissional, emigrante, Estudantes da Bíblia (como as Testemunhas de Jeová eram então conhecidas), homossexuais, e outras nacionalidades. As categorias horizontais começam com as cores básicas, e depois mostram os reincidentes, os judeus, judeus que tenham violado as leis raciais por ter relações sexuais com arianos e arianos que violaram leis raciais por ter relações sexuais com os judeus. No canto inferior esquerdo, P é para poloneses e T para tchecos. Os símbolos restantes dão exemplos de padrões de marcação.

Os campos de concentração nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, possuíam um sistema de figuras geométricas em forma de triângulos, para auxiliar na identificação do tipo de pessoa que a portava. Alguns historiadores dizem invertidos, contudo isso, é com respeito a cor, as inclinações e a sobreposição das figuras que se baseavam os critérios para classificação dos segregados em seus respectivos campos.

Os triângulos

Face ao enorme remanejamento nos campos de concentração alemães e para efeito de transporte de prisioneiros que cumpriam tarefas fora dos campos, em vez de números, os administradores tiveram de elaborar uma engenhosa solução gráfica de identificação, que facilitava-os no monitoramento entre outros cidadãos que trabalhavam nas indústrias bélicas. Esses prisioneiros, requeridos a serviço dentro ou fora dos campos, eram obrigados a usar triângulos coloridos nas vestes para sua rápida identificação ao longe. Eram as cores dos triângulos que facilitavam identificar tanto o campo de origem do prisioneiro como seu idioma. Como esses campos eram organizados para atender o idioma dos prisioneiros, a nacionalidade e/ou preferência política, alguns historiadores entenderam que os triângulos teriam a obrigação de responder sua etnia (no sentido de raça e religião). Desse modo, com ou sem etnia, as cores variariam muito de campo para campo e de lugar para lugar. As tonalidades mais comuns correspondiam aos campos mais populosos.

Como exemplo

Amarelo
Judeus - dois triângulos sobrepostos, para formar a Estrela de Davi, com a palavra "Jude" (judeu) inscrita; mischlings i.e., aqueles que eram considerados apenas parcialmente judeus, muitas vezes usavam apenas um triângulo amarelo.

Vermelho
Dissidentes políticos, incluindo comunistas, sociais-democratas, liberais, anarquistas e maçons.

Verde
Criminoso comum. Criminosos de ascendência ariana recebiam frequentemente privilégios especiais nos campos e poder sobre outros prisioneiros, sendo como exemplo Kapos ou chefes de block.

Púrpura (roxo)
Basicamente aplicava-se a todos os objectores de consciência por motivos religiosos, por exemplo, as Testemunhas de Jeová, que negavam-se a participar dos empenhos militares da Alemanha nazista e a renegar sua fé assinando um termo declarando que serviriam a Adolf Hitler.

Azul
Imigrantes. Foram usados, por exemplo, pelos prisioneiros Espanhóis que se exilaram em França a seguir à derrota na revolução Espanhola, e que mais tarde foram deportados para a Alemanha considerados como apátridas.

Castanho
Ciganos roma e sinti.

Negro
Lésbicas e mulheres "anti-sociais". (alcoólatras, grevistas, feministas, deficientes e mesmo anarquistas). Os Arianos casados com Judeus recebiam um triângulo negro sobre um amarelo.

Rosa
Homossexuais.


A questão dos triângulos invertidos

Os triângulos coloridos cumpriam a missão de identificar os detentos quando mandados para trabalhar em alguma fábrica ou no ir e vir as cidades, logo alguns segregados (astutamente) descobriram que invertendo o lado do triangulo o mesmo mudava de cor. Essa cor de fundo facilitava ao elemento se comunicarem com outros campos ou em alguns casos cumprir tarefas num campo menos vigiado e depois fugir, essa solução entretanto foi descoberta e algum administrador elaborou outra solução sobrepondo os triângulos de algumas classes.

Dois triângulos sobrepostos formando uma Estrela de David.
  • Dois triângulos sobrepostos amarelo, o emblema "Amarelo", um judeu
  • Triângulo vermelho invertido sobrepostas em um amarelo-prisioneiro político judeu.
  • Verde em cima de um triângulo invertido amarelo um judeu "criminoso habitual".
  • Triângulo roxo invertido sobrepostas em um amarelo correspondia a umaTestemunha de Jeová de ascendência judaica.
  • Triângulo invertido rosa sobreposta a um amarelo: um delinquente sexual judaico.
  • Triângulo preto invertido sobrepostas em um amarelo "anti-social" e "trabalho tímido" judeus.
  • Triângulo preto superposto sobre um triângulo amarelo, um judeu condenado de miscigenação e rotulados como um profanador da "raça".
  • Triângulo amarelo sobreposto a um triângulo preto invertido, um ariano (mulher) condenado por miscigenação e rotulados como um profanador "raça".
Letras

Além do código das cores , alguns subgrupos tinham o complemento de uma letra localizada no centro do triângulo, para especificar prefixo do país de origem do prisioneiro, por exemplo:

B para belgas.
F para franceses.
I para italianos.
P para polacos.
S para espanhois.
T para tchecos.
U para húngaros.


Além disso, reincidência, receberia mais barras em suas estrelas, uma cor diferente para um crime diferente.

Um prisioneiro político teria uma barra vermelha sobre a sua estrela ou triângulo
Um criminoso habitual teria uma barra verde
Um trabalhador forçado estrangeiro teria uma barra azul
A Testemunha de Jeová teria uma barra púrpura
Infratores teria uma barra-de-rosa
Um anti social teria uma barra preta
Cigano (Roma) teria uma barra marrom

FONTE: http://avidanofront.blogspot.com

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